domingo, setembro 16, 2007

Por que sou condenada a viver dentro de mim
sem saber quem sou, sem saber o que quero
sem saber viver?
Vão sentimento que acredita na beleza da dor, da alma e do ser humano!

E claro, não esqueçamos de colocar o adjetivo (arrogante ) a todos aqueles que acreditam levar todas as dores do mundo consigo.

A dor do peito faz com que os olhos se borrem e tudo pareça distorcido.

Não sei o que é isso.

Um desabafo, um grito!

Não sei.

Sei que sinto que o que mora em mim, me retorce, contorce e quer sair. Mas não tenho forças, nem coragem de permitir a explosao do que não conheço.

A tristeza d'alma, o cansaço do espírito tornam embaralhados meus pensamentos.

Não pretendo ser poeta. Nunca ousaria me dar esse título.

Não sou alguém merecedora de ser lida, ou sentida.

Sou um ser. Só.

Que se debate frente à crueldade do mundo.

A realidade me choca, me irrita. Às vezes, me comove.

Amo um homem que não me ama. Me deseja.

Amo uma vida que não me deixa viver.

Amo um ar empedrado.

Amo.

Mas pra quê? Meu Deus?

Não consigo trabalhar figuras de linguagem com primazia.

Não consigo expor sentimentos com clareza.

Não consigo dar um passo a diante.

E não sei pra quê continuar caminhando.

Simplesmente, não sei!
Culpada!

Todas as culpas do mundo
recaem sobre a minha alma!

Ousei sonhar,
chorar,
sorrir.

Ousei ser.

Fiz mal,
bem...

Culpei,
a alma
a vida
Deus.

Fui eu quem fiz de mim
tudo que sou,
que fui
e nunca quis ter sido.

Fui eu mesma, senhor,
quem transformou o ar em pedra
quem impediu a respiração
quem tornou insuportável o olhar.

Fui eu mesma, senhor,
que olhou no espelho e não reconheceu
que expulsou o amor
que tornou a vida o que é.

Culpada!
Por covardia,
por apatia.
Por sobreviver,
mesmo quando desejei
ardentemente
tapar os olhos.

Cegai-me!
Não permitai, senhor,
que amanhã
os olhos abram
o sol brilhe.

Cegai-me, senhor,
para o que há aqui,
para o que há na vida.

Culpada, senhor!

Não perdoai,
Porque os covardes
não merecem
misericórdia.

Janaina Avila / SP / setembro 2007
Eu sou
Fui!

Não sei.

Oco sentimento
de existir
resistir
sem querer...

Janaina Avila SP/setembro 2007

terça-feira, setembro 04, 2007

Na verdade é um grande erro acreditar que foi Jesus quem trouxe o preceito de amar ao próximo como a ti mesmo. Em Leviticos 19:18 já estava lá! Essa sempre foi a premissa. Nós é que nunca conseguiremos entender!
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Te amo.
E de graça.
Nunca pedi nada em troca.
E na verdade, nunca tive nada em troca: nem amor, nem atenção.
E quando fiquei chateada, foi porque não tive nem consideração.
Sei qual é a nossa relação: nenhuma.


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Não sou louca, mas gostaria de ser. A loucura liberta. Nunca me senti livre em determinados campos - amor é um deles. Prefiro os amores platônicos.

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Descobri que a sinceridade é uma qualidade permitida somente às crianças. Só elas podem ser sinceras sem parecerem rídiculas, ou ingênuas, ou imaturas.

Se digo pedra é pedra, se digo flor é flor. Não sei jogar. E com toda a sinceridade, não quero aprender!
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(fragmentos da peça "Silêncio" de Janaina Avila - SP / agosto 2007)
A vergonha é um sentimento revolucionário! (Marx)

Silencio

Tudo que eu queria
naquele momento
era que alguém ouvisse o grito
que eu não tenho
coragem
de soltar.

sábado, setembro 01, 2007

Nem sempre é possivel
Escrever
sonhar
viver

Dúvidas...
luzes...
cristos...

Onde foi que me perdi
de mim?
em mim?