sexta-feira, fevereiro 22, 2008

O dia em que todas as minhocas vierem ao chão,
esse dia será feliz.

O dia em que o gigante unir forças com as fadas
e todos os duendes caçoarem das corcovas dos camelos de nuvens,
todos seremos felizes.

Aquele dia em que São Jorge com sua imensa lança cavalgar por entre os caminhos de doces, em busca do dragão que estiver voando por entre algodão-doce,
esse dia será de glória.

Quando olharmos para o horizonte e percebemos que ao final do arco-iris há um pote de ouro que fará a felicidade de todo o mundo,

sem que tentemos guardar mais para ser o mais rico,
sem que tentemos lançar o dragão para sermos o mais corajoso,
sem que tentemos guardar o algodão-doce na geladeira, para o dia seguinte,
pois o dia seguinte, nao terá açúcar...
o dia seguinte seremos nós mesmos
sem ouro, ou doce, ou gigantes,
sequer minhocas para podermos caçar...
o dia seguinte será vazio. Nem nós.

Ao final de tudo: o sonho. Pelo menos isso!
Eu queria te dizer: te amo!

Mas não devo.

Não devo nada a ninguém,
mas a você...

Seu olhar me toca, me emociona.
Não sei o que tem dentro daquela pupila que me hipnotiza.

Por que quis tanto te abraçar,
que abracei outros?

Por que a cabeça rodopia a procura de respostas?

Não! Não gosto de gostar de você.
Porque dói, machuca... inferniza a alma
saber que o que você quer não está em mim.

Eu passo horas imaginando nós dois,
como a felicidade pode existir no sonho?

Quero sonhar!

Lá, naquele lugar onde se criam os sonhos,
lá serei feliz.

Mas todos os dias, ao abrir os olhos, a felicidade me escapa por entre as pestanas.