terça-feira, novembro 11, 2014

O que é o amor?

Esses dias tive pensando sobre uma relação que tive há algum tempo. E percebi que ela se parece muito com um seriado americano, que no Brasil passa na Sony, Scandal.
Uma grande mulher, Olivia Pope, uma ex-consultora de mídia do presidente dos Estados Unidos, que resolve problemas antes que todos saibam, uma espécie de mediadora de crises, temida por muitos, forte, incrível… pense naquela mulher que todo mundo gostaria de ser, não se abala, todo mundo quer trabalhar com ela, resolve todas as situações – essa é Olivia. No primeiro episódio, nós temos uma cena em que uma menina é convidada para trabalhar no escritório de Olivia Pope e já temos o perfil dessa grande mulher traçado, pois a candidata faria qualquer coisa para servir café no escritório dela. Na seqüência, vemos uma situação de risco. Uma mulher linda, negociando com bandidos. E os bandidos tem medo dela. Ela consegue resgatar um bebe de um diplomata sem acionar a polícia ou a imprensa, e sem expor o diplomata. Ela é incrível!
Mas depois, percebemos que essa mesma mulher se torna uma criança na presença do presidente dos Estados Unidos. Não porque ele é o presidente, mas porque ela o ama! Esse homem consegue fazer dela o que quer. Ele a usa. Ele consegue fazer com que ela resolva todos os seus problemas. Promete amor, mas só lhe dá os restos. Evidentemente, ele é casado. E o pior de tudo, ao longo da temporada, vemos que foi Olivia que o transformou em presidente. Ele ocupa o cargo mais alto do país mais importante do mundo, porque uma mulher apaixonada é capaz de tudo por ele.
Ela sofre, porque ele tem outras amantes. Evidente. Ela sofre porque ele não a ama. Apenas finge para tirar o que ela tem de melhor, para manipulá-la. E ela sempre tem a expectativa, alimentada por ele, de que vão ficar juntos. Mas não vão.
Essa é Olivia Pope. Essa fui eu. Eu alimentei um relacionamento por anos, em que o meu “grande amor” só se aproximava de mim por interesse. Para todos eu sempre fui uma mulher guerreira, uma pessoa que muitos queriam estar perto, uma mulher inteligente. Pra ele, eu sempre fui medíocre, pequena, inculta. Ele me humilhou várias vezes. Ele me aproximou várias vezes para dizer que não conseguia me amar ao final. E todas as vezes que ele pedia algo, eu prontamente fazia, na esperança de que ele me amasse um pouquinho, na esperança que ele me admirasse um pouquinho. Mas ele apenas me usava para seus interesses pessoais. Enfim… tenho uma pontinha de vergonha ao confessar isso, mas esse suposto amor, me cegou por muito tempo. E eu que sempre me considerei inteligente, forte, perto dele virava uma criança. Que bom que passou!
Eu sempre pensei que isso fosse amor. Eu também pensava que Olivia Pope amava o presidente dos Estados Unidos e que o amor a fizesse sofrer. Por mais que lesse os livros da Cris, por mais que ouvisse a Palavra, talvez eu não acreditasse no amor.
Mas essa semana, um amigo de Deus – após contar essa minha desventura a ele, e falar o quanto tenho dificuldade em amar -,  me disse que nunca amei, porque amor não é isso. E me citou 1Co 13:4-7
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”
Então hoje percebo que nunca amei. Que esse tempo todo pensei que amava. O amor não machuca. Não nos faz de boba. Olivia Pope é um marionete nas mãos de um homem que usa os sentimentos contra ela.
Se você tiver a oportunidade de assistir ao piloto da série, vai entender o que estou falando. Essa série nos ensina muito sobre como podemos nos diminuir perante um suposto amor, perante a promessa mentirosa de um futuro.
Creio que no Netflix vocês terão acesso.
Mas o porquê estou escrevendo sobre isso, porque há algum tempo tenho refletido sobre uma palavra:
2Co 6:12 “Não tendes limites em nós, mas estais limitados pelos vossos próprios afetos.”
Uma amiga, me disse uma vez que sempre que eu tive perto desse suposto amor, eu regredia. Eu só crescia quando estava longe. Ela está certa. E cabe a mim, manter-me longe ou perto. Tem que ser uma decisão racional. Não posso me dar o luxo de ser emotiva, se de fato quiser encontrar o amor.
Por isso amigas, reflitam se aquilo que você chama de amor hoje é benigno, ou se está apenas te limitando. Reflita com a cabeça e não com o coração. E, então, sim, não teremos limites!
- See more at: http://blogs.universal.org/cristianecardoso/pt/o-que-e-o-amor/#sthash.oIg3LAEn.dpuf - originalmente publicado em fevereiro de 2014. 

segunda-feira, novembro 10, 2014

Quando o passado nos aprisiona

Uma das tarefas mais difíceis da vida é olhar pra frente! Sim, pelo menos pra mim. Eu tenho o hábito de ficar remoendo coisas passadas, resgatando situações já vencidas, olhando pra trás, ao invés de dar um passo a diante.
Pois é! Os conselhos da Cris e do Renato me ajudam muito quando percebo que novamente estou errando. Às vezes me sinto repetente na matéria! Persisto no erro de olhar para o passado e revivê-lo. É difícil mudar o pensamento, trocar o canal, como eles dizem. Parar de pensar em determinada situação. E quando pensamos, lembramo-nos da dor, e a revivemos.
E aqui começo a minha resenha da semana: tem um personagem na televisão que vive exatamente assim: do passado. Mas como é um personagem cômico, acabamos nos divertindo com ele e não percebemos o quanto ele sofre. Ele vive de um amor que já se foi. A esposa morreu, mas ele não consegue dar um passo a diante. De quem estou falando? Monk, um detetive atrapalhado, que passa todas as sextas feiras às 00h15 na Record.
Para quem não conhece o seriado, vou contar um pouquinho. Monk é um detetive brilhante. Trabalhava na polícia de São Francisco e era muito bem sucedido. Até que sua esposa, Trudy morre em um atentado que nunca foi solucionado. A partir daí sua vida muda. Ele não consegue seguir a diante, e se torna um obsessivo compulsivo. Suas manias, que já existiam, se potencializam e ele se torna uma pessoa antissocial. Não consegue conviver com mais ninguém. Uma tragédia que abateu o sr. Monk e ele nunca conseguiu seguir a vida.
Eu gosto muito do seriado. E me comove a dor de Monk. Parece que ele está preso dentro dele mesmo. E não consegue se livrar das barreiras que criou para se proteger da dor da perda.
Quantas de nós, como Monk, paramos nossas vidas em um determinado momento, sem conseguir seguir a diante. Algumas vezes não são tragédias como a morte de um ente querido, mas são dores pessoais, como um amor não correspondido ou uma frustração profissional. Quantas vezes potencializamos nossos defeitos em função de algo que aconteceu? Como Monk faz com suas manias. E o pior, passamos a acreditar que não podemos viver de uma forma diferente, pois a dor já nos parece natural, parte da vida.
Falo por mim mesma. Uma vez ouvi que o meu problema era ser atriz, pois como artista eu era muito sentimental. Na hora fiquei com muita raiva. Mas depois refletindo sobre isso, a pessoa que me disse estava certa! Tudo bem que a situação que eu vivia era forte. Tudo bem que havia motivos para tristeza. Mas o meu coração (que é enganoso) me mostrava que não havia saída, e que nunca eu conseguiria mudar o que eu estava sentindo.
O meu coração mentiu? Sim. Mas eu acreditei nele. O grande problema é que depende de nós passar por cima dos sentimentos e seguir a diante. Esquecer determinada situação.
No The Love School desse final de semana a Cris deu uma orientação a uma menina que dizia querer esquecer o ex-namorado e foi incisiva: VOCÊ precisa esquecê-lo, e para isso precisa parar de pensar nele, de olhar as fotos no facebook, de procurar o que está acontecendo com ele. Ou seja, depende de nós deixar o passado pra trás. Mas pra isso precisamos nos conscientizar que é passado e não vai voltar.
Esse final de semana eu assisti o filme “O Grande Gatsby” e num determinado momento Gatsby, que viveu os últimos cinco anos para reencontrar seu grande amor, fala que quer retomar o passado de onde parou. Restaurar o passado. Ele acredita que é possível resgatar o passado e mudar o seu final. Pode até ser poético, mas não é nada prático, nem real.
Naquele momento eu parei e pensei na minha vida. No fundo eu faço a mesma coisa. Eu fico tentando restaurar o passado. Eu queria que algumas situações da minha vida tivessem outro final e fico resgatando-as na vã esperança que o final dessa vez será diferente! Assim como Monk que fica tentando trazer de volta Trudy, pois só consegue se ver feliz com ela. Muitas vezes não conseguimos ver que a felicidade não está no outro, ou em alguma coisa. Está em Deus. Transferir a responsabilidade de sermos felizes a uma pessoa, a uma conquista, é garantir uma frustração no futuro. Pois como disse no post anterior: tudo é correr atrás de vento.
Monk é um belo exemplo de uma pessoa que não conseguiu abandonar o passado. Deixá-lo ir. E vive o presente olhando sempre para trás. O quanto amou Trudy. O quanto Trudy era boa. O quanto ele era uma pessoa melhor ao lado de Trudy. E esquece-se de olhar ao seu redor. As pessoas bacanas que estão com ele. O quanto é admirado. O quanto hoje é uma pessoa que pode ajudar os outros. Tudo isso fica menor, frente a um passado que não vai embora.
E o que fazer? Será que é possível esquecer um grande amor que foi embora? Um ente querido que partiu? Superar traumas que nos fizeram construir defesas e couraças? Por isso, o nosso Deus é o Consolador! Mas pra que Ele possa nos Consolar, precisamos usar a razão, ouvindo a voz dEle e não o coração.
Quando eu olho para o passado, ou quando meu coração fica tentando me enganar, eu repito um ensinamento de uma obreira abençoada: quando vier esse tipo de sentimento nostálgico, devo repetir pra mim mesma o tempo todo “eu não vivo pelo que sinto, mas pelo que creio!”
E vocês? Já ficaram presas a uma determinada situação sem conseguir se mover, como o Monk? Já se sentiram presas a um fato do passado e ficaram tentando reviver, pra resolver ou pra mudar o final?
Quanto a mim, estou buscando olhar pra frente. E me preparando para o dia 30. E sigo repetindo:  EU VIVO PELO QUE CREIO!

Post publicado originalmente em junho/13 no Blog da Cris

domingo, novembro 09, 2014

Procuro um lugar ideal.
Olho no espelho e vejo tudo o que não quero.

espero o momento certo para me lançar
mesmo que ele não venha.
Espero.

(...)

(...)

(...)

Passou.

quinta-feira, novembro 06, 2014

Sobre o Amor.
"Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados.
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos.
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
como o vento do norte devasta o jardim.

Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto a si.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis;
E então ele vos leva ao seu fogo sagrado e vos transforma
no pão sagrado do banquete sagrado de Deus.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
para que conheçais os segredos de vossos corações,
e com esse conhecimento, vos convertais
em fragmento do coração da Vida.
Mas se no vosso temor procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez e abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações onde rireis, mas não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si mesmo e nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir
Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga, 'Deus está no meu coração', mas que diga antes: 'Eu estou no coração de Deus.'
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite.
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada.
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor;
E de sangrardes de boa vontade e com alegria.
De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado, e nos lábios uma canção de bem-aventurança."
[Gibran]

quarta-feira, novembro 05, 2014

Compartilho com vocês o comentário da Vanessa Lampert para o meu post anterior. Me tocou profundamente e me ajudou a tomar uma decisão que estava tirando o meu sono. Sabemos o que é certo. Mas às vezes não queremos admitir. Obrigada, Vanessa. Obrigada, Senhor por colocar pessoas tão iluminadas em meu caminho!

Vanessa Lampert deixou um novo comentário sobre a sua postagem "No inicio do ano viajei para Israel. Era um moment...": 

Janaína, acho que a chave para entender isso está nessa frase: "Acho que posso mudar, que posso com a força do meu braço alterar o curso dos acontecimentos. " Olhando o que você escreveu a respeito da sua maneira de lidar com as coisas, eu posso dizer com toda a clareza que o problema não é acreditar nas coisas e fazer com toda a sua força. Isso não é problema.

O problema é fazer isso na força do seu braço. É por essa razão que você estava se exaurindo tanto. Porque quando a gente começa a fazer com o nosso braço coisas que têm uma resistência espiritual, tudo fica pesado. Essa é a revelação dessa Palavra:

"Assim diz o Senhor:Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!" Jeremias 17:5

A carne mortal que tem sido o seu braço é a sua própria. E o homem em quem você mais tem confiado para fazer o seu trabalho é você. E isso tem afastado o seu coração do Senhor. Por isso tantas dúvidas. Por isso acaba não conseguindo discernir quem é sapo e quem é príncipe no dia a dia. Mas você é sincera e humilde de coração e quer fazer as coisas direito. Ele é que te chamou e escolheu, então confie nEle como você confiaria em um grande expert que trabalhasse com você. "Bendito é o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto." (Jeremias 17.7,8)

Esse é o antídoto. Confie em Deus, faça dEle a sua esperança. Na prática. E você será essa árvore plantada junto às águas, com todas essas promessas materializadas. Trabalhe nessa questão da entrega, do sacrifício. Se coloque 100% no Altar, para evitar a gangorra emocional. O próprio Espírito Santo vai te dar o entendimento de quem merece sua confiança, Ele mesmo vai ser a sua esperança, o seu equilíbrio. Na dependência dEle, você nunca vai ficar em dúvida se algo é ou não a chance da sua vida.

Porque não é errado colocar toda a sua força, mas suas emoções têm de estar sob controle. Isso a gente só consegue com sacrifício. Vai com toda a força, sem cautela e sem ressalvas para o Altar.

Beijos! 


terça-feira, novembro 04, 2014

No inicio do ano viajei para Israel. Era um momento delicado de minha vida, estava passando por dificuldades em todos os campos. 2013 foi um ano duro no trabalho. Terminei o ano produzindo 6 telefilmes e uma série de 5 episódios, além de intermediar a relação entre Record e Academia para Milagres de Jesus. Um final de semana antes do Natal tivemos reuniões bastante doloridas. Aprendi muito naquele ano, mas me expus demais.

Sempre fui uma pessoa que luta pelo que acredita. Talvez por isso, hoje a série Conselho Tutelar esteja pronta para ir ao ar. Lutei por ela e pela série Sem Volta com toda a minha força, pois acreditava naqueles produtos. Fiz o mesmo por tudo o que acreditava: pessoas, produtos, guerras. E no fim estava nocauteada.

Lembro um dia conversando com um grande amigo, disse a ele que me sentia sangrando por todos os poros. Mal conseguia respirar. Foi difícil. Mas passei. Fui para Israel para buscar a Deus.

Não fui com uma excursão de cristãos. Fui com turistas. Mas quando eu percebia que era o momento de parar e orar, me afastava e fazia minha oração. Foi assim no Muro das Lamentações. Ali, conversei com Deus com toda minha sinceridade. Disse a Ele que não podia mais deixar minha vida em mãos alheias. Que não podia deixar mais que pessoas me usassem. Queria respostas. Queria vida. Queria Ele.

Em frente ao mar da Galiléia orei por uma pesca maravilhosa. E Deus me deu uma palavra que entendi pouco no momento: "Assim diz o Senhor:Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!" Jeremias 17:5

Na hora não entendi muito bem, pensei com meu orgulho costumeiro que jamais me afastaria do Senhor, afinal estava lá buscando-O.

Quis me enganar. Durante os dois anos que se passaram (final de 2012 até hoje) a única coisa que fiz foi depositar minha esperança em homens, em promessas feitas por pessoas que estavam próximas. Trabalhei tanto, mas tanto que mal conseguia acordar nos domingos pela manhã para ir à igreja, tamanho o cansaço. Me esvai pensando que estava fazendo o meu melhor e que era isso que Deus esperava de mim.

De fato, Deus esperava que eu fizesse o meu melhor, mas com equilíbrio.

Esse é meu maior desafio na vida: o equilíbrio. Não sei ir com cautela. Quando me lanço em alguma coisa vou com tudo e sem ressalvas. É assim na vida profissional. É assim na vida sentimental.

 Acabo confiando em tudo que me dizem. E acreditando que a felicidade está fora de mim.

 Nos últimos meses fiz de novo. Acreditei em alguém que no inicio se mostrou um principe, mas que no fundo era só mais uma pessoa da vida real. Alguém com suas confusões e que acabou me confundindo. No fundo, a covarde sou eu. Porque não consigo parar as coisas quando identifico que está tudo errado. Acho que posso mudar, que posso com a força do meu braço alterar o curso dos acontecimentos. E isso se chama covardia, porque me falta coragem para desistir do que está errado, sempre pensando "e se for a grande chance da minha vida?" E não estou falando só da vida sentimental, estou falando de todas as áreas. Às vezes a coragem está em desistir, e não em persistir.

A grande chance da minha vida é ser eu mesma. Seja onde for, com quem for, como for. E com Deus.
Mar da Galiléia

segunda-feira, novembro 03, 2014

Ao me descrever em meu blog, escrevi que sou uma pessoa que acredita mais em seus sonhos do que na sua realidade. De certa forma, isso não é bom. Eu acredito demais na bondade alheia. Acabo me tornando ingênua e como disse Machado, burra. Nos últimos meses me senti burra. Acreditei demasiadamente nas pessoas, principalmente no campo pessoal. Acreditei na bondade e coragem. Falhei. Quando tive oportunidade de dizer tudo que devia, acreditei mais no sonho do que na realidade que saltava à minha frente, mesmo que escamoteada pela covardia (minha inclusive). E eis-me aqui. Juntando os caquinhos dos sonhos, para construir uma nova realidade. Mas como está escrito: "tudo é correr atrás de vento". De fato, a necessidade da explicação, dos porquês, do enfrentamento está mais relacionada ao ego do que à existência em si. Não vou desistir de quem sou, por me culpar por reações alheias. Mas vou buscar a coragem de enfrentar a realidade.